Participações Portuguesas no Estrangeiro - Tour de Flandres

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Contents

Resumo

Lugares no Top Ten

Lugar Ciclista Ano
António Morgado 2024

Historial das participações de ciclistas portugueses no Tour de Flandres

Início em 1913

Década de 2000

2005

Abandono: Sérgio Paulinho (Liberty Seguros)

2009

113º Rui Costa (Caisse d'Epargne)

Década de 2010

2010

Abandonos: Rui Costa (Caisse d'Epargne) e Manuel Cardoso (Footon-Servetto)

2011

Abandono: Manuel Cardoso (Footon-Servetto)

2015

20º Nelson Oliveira (Lampre-Merida)

- Destaque:

  • Nelson Oliveira, meritório 20.º lugar

2016

Abandono: Nelson Oliveira (Movistar)

2017

18º Nelson Oliveira (Movistar)

- Destaque:

  • Nelson Oliveira, meritório 18.º lugar

2018

62º Nelson Oliveira (Movistar)

Abandonos: Nuno Bico (Movistar) e José Gonçalves (Katusha-Alpecin)

2019

45º Nelson Oliveira (Movistar)

Década de 2020

2020

65º Rui Oliveira (UAE-Team Emirates)

2021

56º Rui Oliveira (UAE-Team Emirates)
111º André Carvalho (Cofidis, Solutions Crédits)

2022

Abandono: Rui Oliveira (UAE-Team Emirates)
O jovem António Morgado esteve extraordinário no seu primeiro Monumento, ao obter um magnífico 5.º lugar em 2024

2023

58º Rui Oliveira (UAE Team Emirates)

2024

5º António Morgado (UAE Team Emirates)

Destaque:

  • António Morgado, excelente 5.º lugar!





Apontamentos sobre o Tour de Flandres

Características

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A Volta à Flandres é considerada a segunda clássica mais importante do Mundo, apenas superada em popularidade pela já lendária Paris-Roubaix.

A prova tem habitualmente uma extensão acima dos 255 km e, como é tradicional, vive os seus momentos mais espectaculares nas passagens pelos famosos Muurs (muros), cujas rampas com inclinações acentuadas têm ao longo da história decidido muitos dos vencedores.

Tradicionalmente, o Tour des Flandres tem 17 muurs, alguns deles míticos, espalhados pelos últimos 120 km da prova. Em todos eles, concentram-se milhares de pessoas, envergando bandeiras das mais variadas nacionalidades, que para ali convergem na certeza de presenciarem um dos maiores momentos de ciclismo do ano.

História

O Tour des Flandres é um dos monumentos do ciclismo, à imagem da Milão-Sanremo, Paris-Roubaix, o Giro da Lombardia ou a Liège-Bastogne-Liège. Domingo, um milhão de espectadores ao longo das estradas fará desta prova um verdadeiro acontecimento nos campos belgas. Criada em 1913 por Karel Van Wijnendaele, ciclista flamengo do início século XX, a Ronda deve o seu nascimento ao semanário desportivo Sportwereld que o próprio Van Wijnendaele imaginou: como um modo de aumentar as vendas com a organização de uma grande prova ciclista de um dia, à imagem das que existiam então, em França (Paris-Roubaix, Paris-Tours, Bordéus-Paris) e em Itália (Milão-Sanremo, Giro da Lombardia) e cujos proveitos, para o L'Auto e a Gazetta dello Sport, organizadores dessas provas, se tinham tornado bastante apreciáveis. Foi necessário no entanto esperar pelo final da primeira Guerra Mundial para ver a corrida "levantar" voo, com o primeiro sucesso de um estrangeiro em 1923, quando o campeão suíço Henri Sutter se impôs.

RondevanVlaanderen.png
A prova, interrompida pelo primeiro conflito mundial (ainda que, em 1915, tenha havido uma Volta à Flandres organizada no velódromo de Evergem), ganhava assim importância à escala europeia, constituindo ainda hoje um ex-libris das tão famosas clássicas da Primavera. Com o passar dos anos, a prova, frequentemente associada aos godos, aos montes flamengos e às condições meteorológicas delicadas, ganhou as suas cartas de nobreza, graças a uma multidão de proezas, de dramas ou de acontecimentos diversos, que fizeram a Ronda belga entrar na lenda do desporto.

Surpreenderá hoje que o Muro de Grammont apenas tenha aparecido no percurso em 1950 e o Muro de Koppenberg, apenas em 1976 (dois anos após o Velho Quaremont porque, anteriormente, os corredores escalavam uma larga calçada na ligação de Berchem a Renaix). No entanto, as características da prova sempre se mantiveram ao longo dos tempos, reconhecendo-se todavia que, a inclusão desses dois Muurs, foi um verdadeiro achado.

Heróis na Flandres

Em 1944, Rik Van Steenbergen teve o primeiro sucesso da sua prolífica e gloriosa carreira, tornando-se aos 19 anos - e provavelmente para sempre o mais jovem vencedor da prova. Meio século depois, um homem que tinha quase o dobro da sua idade, impôs-se em Merbeke: o seu nome era Andreí Tchmil e tinha 37 anos quando ganhou a Volta à Flandres em 2000. Muitas outras vedetas associaram o seu nome ao palmarés da Ronda. Eddy Merckx apenas ganhou duas vezes mas, o seu triunfal sucesso de 1969, ao fim de uma fuga de setenta quilómetros sob chuva e vento gélido, permanecem indubitavelmente como um dos grandes momentos da carreira do Canibal.

Brik Schotte

Outra vitória incrível foi a de Eric Vanderaerden em 1985: depois de furar a 73 kms da meta e se ter atrasado consideravelmente, cerrou os dentes e lançou-se na perseguição dos grupos mais adiantados. Estóicamente, conseguiu chegar-se à 15.ª posição e, após a sua passagem louca pelo Muro de Koppenberg, feita como não há memória, já só tinha í  sua frente um grupo de seis corredores. Ao chegar-se a eles, procurou ajudar o seu chefe de fila, Phil Anderson, anulando as várias tentativas de fuga de Hennie Kuiper. Só que, Eric Vanderaerden estava no melhor dia da sua carreira e lançou um ataque demolidor no Muro de Geraardsbergen, deixando atónitos os seus companheiros de fuga. É tida ainda hoje como a maior proeza do Tour de Flandres.

Com vinte presenças consecutivas, Brik Schotte (na foto) é o recordista absoluto de participações na clássica flamenga. Brik é também o recordista de presenças no pódio da Ronde Van Vlaanderen com oito lugares (2 x 1.º, 2 x 2.º e 4 x 3.º), a par de Johan Museeuw (3 x 1.º, 3 x 2.º e 2 x 3.º).

Em termos de presenças lusas, e apesar de a prova ter já quase um século de existência, apenas o jovem António Morgado conseguiu um lugar no top-10, ao ser 5.º classificado em 2024, no seu primeiro "Monumento"!



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