Participações Portuguesas no Estrangeiro - Liège-Bastogne-Liège

From CycloLusitano
Jump to: navigation, search
Liège-Bastogne-Liège.png
UCI WT 2.png

Contents

Lugares no Top Ten

Lugar Ciclista Ano
Rui Costa 2016
Rui Costa 2015
Acácio da Silva 1984
Acácio da Silva 1985
Rui Costa 2013

Historial das participações de ciclistas portugueses na Liège-Bastogne-Liège

Início em 1892


Década de 1970

1972

17º Joaquim Agostinho (Magniflex)

- Destaque:

  • Joaquim Agostinho, meritório 17.º lugar

1973

44º Joaquim Andrade (Gitane-Frigécrème)

Década de 1980

Acácio da Silva foi o primeiro português a brilhar nesta prova, ao ser 5º em 1984 e 9º no ano seguinte.

1984

5º Acácio da Silva (Malvor-Bottechia)

- Destaque:

  • Acácio da Silva, excelente 5.º lugar

1985

9º Acácio da Silva (Malvor-Bottechia)

- Destaque:

  • Acácio da Silva, óptimo 9.º lugar

1986

18º  Acácio da Silva (Malvor-Bottechia)

- Destaque:

  • Acácio da Silva, meritório 18.º lugar

1988

35º Acácio da Silva (Kas)

1989

37º Acácio da Silva (Carrera)

Década de 1990

1990

71º Acácio da Silva (Carrera)

1992

54º Acácio da Silva (Festina-Lotus)

Década de 2000

2001

57º José Azevedo (Once)

2002

35º José Azevedo (Once)

2003

72º José Azevedo (Once)

2004

59º José Azevedo (US Postal)

2005

70º Sérgio Paulinho (Liberty Seguros)

2006

74º José Azevedo (Discovery Channel)

2007

104º Sérgio Paulinho (Discovery Channel)

Abandono: Hugo Sabido (Barloworld)

2008

Abandono: Hugo Sabido (Barloworld)

2009

Abandono: Rui Costa (Caisse d'Epargne)

Década de 2010

2010

Abandono: Sérgio Paulinho (RadioShack)

2011

Abandonos: Rui Costa (Movistar) e Sérgio Paulinho (RadioShack)

2012

17º Rui Costa (Movistar)
92º Bruno Pires (Saxo Bank)
107º Sérgio Paulinho (Saxo Bank)

Abandono: Sérgio Paulinho (Saxo Bank)

- Destaque:

  • Rui Costa, meritório 17.º lugar

2013

9º Rui Costa (Movistar)

- Destaque

  • Rui Costa, óptimo 9.º lugar

2014

17º Tiago Machado (NetApp-Endura)
52º José Mendes (NetApp-Endura)

Abandonos: Rui Costa (Lampre-Merida), Nelson Oliveira (Lampre-Merida) e Bruno Pires (Tinkoff-Saxo)

- Destaque:

  • Tiago Machado, meritório 17.º lugar

2015

Rui Costa brilhou em 2016, alcançando um histórico 3º lugar, num dos Monumentos do ciclismo, depois de já ter sido 4º no ano anterior.
4º Rui Costa (Lampre-Merida)
23º José Mendes (Bora-Argon 18)
50º Tiago Machado (Katusha)

Abandono: Bruno Pires (Tinkoff-Saxo)

- Destaque

  • Rui Costa, excelente 4.º lugar

2016

3º Rui Costa (Lampre-Merida)
86º José Mendes (Bora-Argon 18)

Abandonos: Tiago Machado (Katusha) e Mário Costa (Lampre-Merida)

- Destaque

  • Rui Costa, notável 3.º lugar

2017

14º Rui Costa (EAU Team Emirates)
51º José Gonçalves (Katusha-Alpecin)
64º Tiago Machado (Katusha-Alpecin)
69º André Cardoso (Trek-Segafredo)
88º Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo)
100º José Mendes (Bora-Hansgrohe)

- Destaque:

  • Rui Costa, meritório 14.º lugar

2018

22º Rui Costa (UAE Team Emirates)

Abandono: Ruben Guerreiro (Trek-Segafredo)

2019

73º José Gonçalves (Team Katusha-Alpecin)

Abandono: Rui Costa (UAE Team Emirates)

Década de 2020

2020

40º Rui Costa (UAE Team Emirates)

2021

63º Rui Costa (UAE Team Emirates)
65º João Almeida (Deceuninck-Quick Step)

2022

Abandono: Ruben Guerreiro (EF Education-EasyPost)

2023

23º Ruben Guerreiro (Movistar Team)
31º Rui Costa (Intermarché-Circus-Wanty)




Apontamentos sobre a Liège-Bastogne-Liège

Características

A Liège-Bastogne-Liège é a clássica mais antiga de todas, dado que, a sua primeira edição, teve lugar ainda no Século XIX, no ano de 1892, tendo sido ganha pelo belga Léon Houa que venceria igualmente as duas edições seguintes. Disputa-se através das zonas mais montanhosas da Bélgica, ao longo das rotas típicas das Ardenas, zona de vales e florestas, serpenteados por colinas íngremes e duras que se sucedem ao longo da região.

Foi em parte nesta zona que Eddy Merckx ganhou endurance durante a sua juventude, calcorreando montes e vales até se tornar o maior ganhador da história do ciclismo, com a impressionante marca de ... 525 vitórias (!) na sua gloriosa carreira. Para se ter uma ideia, o maior triunfador dos tempos modernos, Mario Cipollini, teve um pecúlio de cerca de 200 vitórias, muito menos de metade das alcançadas pelo "Canibal", epíteto com que ficou conhecido Eddy Merckx.

História

Este ciclista belga seria inclusive o maior vencedor da história das clássicas, ganhando TODAS as grandes clássicas da Europa (29 no total) à excepção do Paris-Tours, a única que "escapou" ao seu palmarés. Concretamente na Liège-Bastogne-Liège, Merckx obteve 5 triunfos, valor que constitui record de vitórias, logo seguido pelo italiano Moreno Argentin que conseguiu 4 triunfos, três deles consecutivos.

0002CVS.jpg

A comprovar a dificuldade da corrida e confirmando a opinião unânime de que é uma prova apenas ao alcance de campeões, refiram-se os nomes de alguns vencedores: 2004 Davide Rebellin, 2003 Tyler Hamilton, 2000 e 2002 Paolo Bettini, 2001 Oscar Camenzind, 1999 Frank Vandenbroucke, 1997 e 1998 Michele Bartoli. Facilmente se constata que é uma prova, quer em termos de prestígio, quer em termos de dificuldade, ao nível do Paris-Roubaix e do Tour de Flandres, constituindo estas três clássicas o Trio Dourado das provas da Taça do Mundo.

É uma prova vocacionada para ciclistas versáteis e com temperamento de ataque, já que oferece uma sucessão de montes íngremes e estreitos, nos quais se destacam os célebres cumes de Wanne, Stockeu e La Redoute. Além da dureza do percurso, uma das riquezas desta "velhinha" clássica, é o cenário pitoresco das Ardenas, pintado do verde das florestas e dos campos, na zona do globo que terá mais amantes da modalidade por metro quadrado. Ao mesmo tempo, as Ardenas têm igualmente um peso histórico incontornável, tendo sido uma das zonas martirizadas da Segunda Guerra Mundial, célebre por ali se ter travado uma das batalhas mais ferozes do conflito, num dos Invernos mais sangrentos da história da humanidade.

LBL1.jpg

Heróis nas Ardenas

No que respeita à Liège-Bastogne-Liège, registaram-se até hoje 59 vitórias de corredores belgas, seguindo-se na lista de países vencedores a Itália, com o pecúlio de 11 triunfos, alguns deles recentes. Tal como vem sucedendo com grande parte das clássicas da Primavera, os países dos vencedores têm-se diversificado, em resultado da projecção e da importância que essas corridas atingiram, podendo encontrar-se vencedores de países com menos tradições na modalidade, sinal de que a predominância dos atletas do Benelux neste género de provas, tem decaído nas duas ultimas décadas.

LBL2.jpg
Desses vencedores não-belgas, refiram-se a Suíça (duas vitórias de Ferdi Kubler em 1951 e em 1952), Alemanha (Herman Buse e Dietrich Thurau), Irlanda (um par de vitórias para Sean Kelly), Dinamarca (Rolf Sorensen), Luxemburgo (Marcel Ernzer) , Rússia (Evgueni Berzin) e Espanha (Alejandro Valverde).

Mais habituais poder-se-ão considerar as três vitórias Holandesas (Albertus Geldermans, Steven De Rooks e Adri Van der Poel) e as cinco dos Franceses, por intermédio de Louis Trousselier, Camille Danguillaume, Jacques Anquetil e Bernard Hinault (duas vezes), dado que se tratam de países com enormes tradições no ciclismo.

Mais recentemente, realce para as duas vitórias sucessivas de Michele Bartoli (1997, 1998) e as de Paolo Bettini (2000, 2002), bem como para aquele que foi até à data o ultimo triunfo de um ciclista da casa, concretamente o de 2011, por intermédio de Philippe Gilbert.

LBL3.jpg

Habitualmente a prova tem uma distância de 260 quilómetros e, como se tem vindo a confirmar, constitui uma boa oportunidade para os trepadores. Resta saber sempre como estarão as pernas de alguns atletas no dia da corrida, dado que, muitos deles, também participaram na Amstel Gold Race e na Flèche Wallonne, na mesma semana.

A parte inicial da corrida não tem dificuldades de maior, visto que não tem muitos cumes até aos 170 kms, seguindo-se então sim noventa quilómetros de sucessivos acidentes no percurso. O pior estará sempre guardado para os 100 kms finais, com os Côtes de Stockeu, Wanneranval, Rosier, La Redoute, Sart-Tilman-Tilff e Saint-Nicolas, que fazem usualmente a selecção dos melhores. Especialmente aguardados são os cumes de La Redoute, situado numa fase nevrálgica da corrida, e o alto de Saint-Nicolas, "apenas" com 11% de inclinação média e a uns meros cinco quilómetros da meta, que se "encarregará" de desfazer algumas das dúvidas da corrida. De respeito é igualmente o quilómetro e meio final, na colina de Ans, a qual, embora menos íngreme que o Cauberg ou o Mur de Huy (Flèche Wallonne), é o derradeiro palco da decisão da corrida.

No que toca às anteriores participações de ciclistas portugueses os grandes destaques vão para Rui Costa, 3.º em 2016 e 4.º em 2015, e para Acácio da Silva que foi 5.º em 1984 e 9.º em 1985, no cômputo das suas sete participações na grande clássica belga.



Participações Portuguesas no Estrangeiro

Personal tools
Namespaces

Variants
Actions
Navigation
Tools